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4 tipos de inovação para aplicar na sua startup

Você aí: sabia que existem diferentes tipos de inovação? Muito além da criatividade, ela é dividida por finalidade! 

Hoje existem algumas categorias no mercado que ajudam a nortear qual inovação mais dá match com os negócios. Vamos apresentar algumas delas nesta matéria. Acompanhe!

O que é inovação?

Já reparou que o conceito de inovação está diretamente relacionado às soluções que apresentam facilidades para nossa vida? A maioria das inovações vêm de um desafio! E o que as torna ideias inovadoras é justamente a forma de pensar o processo.

O mindset da inovação pode ter dois caminhos:

> a busca por etapas diferentes para realizar algo já existente, com o intuito de aprimorar os resultados obtidos;

> a criação de uma nova proposta ou solução para uma demanda do mercado. 

O pensamento criativo que acompanha a inovação não vem “do nada”: ele é guiado por pesquisa, planejamento e identificação de uma falta. 

Independentemente do setor que você busca inovar, é importante treinar o olhar paciente e detalhista para observar o que pode ser inserido no mundo. Isso fará toda a diferença no resultado final 😉

A história da inovação

Olha essa curiosidade: a trajetória da inovação na história da humanidade é dividida por eras! 

Basicamente, cada inovação foi marcada por um desafio, que levou as pessoas presentes nos respectivos cenários a pensarem “fora da caixa”, a fim de encontrarem uma solução. 

Alguns pensadores dizem, inclusive, que a inovação em um contexto histórico só existe pela necessidade de sobrevivência do ser humano. Curioso pensar assim, não? A evolução da escrita, o fogo, a pólvora, a lâmpada, o motor a vapor e a internet são alguns exemplos. 

Analisar as soluções que já foram criadas ao longo da história nos mostra também que toda (ou quase) inovação nos apresenta uma nova forma de viver. 

Uma das pessoas que protagonizou o pensamento reflexivo sobre a inovação foi Joseph Schumpeter, economista e cientista político austríaco-americano, em meados de 1919. Suas ideias influenciaram as teorias das quatro grandes eras da inovação, que são:

  1. Era do gênio inventor: época da revolução tecnológica do século XX, marcada principalmente por Thomas Edison, Santos Dumont e Henry Ford;
  1. Era dos centros de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento): as  inovações dessa era foram representadas pela interface gráfica, computador pessoal, impressão a laser e protocolo Ethernet; 
  1. Era do capital de risco e startups: essa era remodelou a estrutura capitalista de negócios e ecossistemas. Intel, Apple, Google, Facebook, LinkedIn e WhatsApp são bons exemplos dessa inovação;
  1. Era da inovação corporativa: período marcado pela inovação aberta, modelo de negócio, cocriação, crowdsourcing e inovação além do produto.

Os 4 tipos de inovação

Agora que já nos contextualizamos, vamos entender quais são os quatro tipos de inovação! 

1. Inovação em oferta

Esse tipo de inovação visa diversificar a cartela de serviços e produtos de uma empresa ou startup, com foco na praticidade e longa vida útil.

Vamos supor que uma startup vende mochilas. Para diversificar a cartela, ela pode acrescentar no portfólio novas mochilas específicas para viagens, para trabalho, para esportes, para lazer, e por aí vai. 

Essa inovação é definida após um estudo de público, com o intuito de entender qual novidade será mais útil. 

 2. Inovação em marketing

Inovar no posicionamento, persona, identidade visual e estratégia de vendas (incluindo a geração de conteúdo de valor) são caminhos para inovar no marketing do seu negócio. 

Importante: apesar de estarmos falando de vendas e marcas, precisamos lembrar que, seja B2B ou B2C, o público por trás é composto por seres humanos. 

Entender questões comportamentais é essencial no momento de bolar uma boa estratégia de marketing! 

No exemplo das mochilas, o atendente virtual (levando em conta um tom de voz descontraído), pode ser batizado como (que remete ao produto principal!). 

3. Inovação organizacional

Focar no público externo é importante, mas trabalhar em estratégias por um time inovador é mais ainda! Existem hoje startups focadas em gestão organizacional. 

Você pode escolher terceirizar essa inovação ou implementá-la com a ajuda da sua equipe, levando em conta: estratégia financeira, pessoas e operação. Aqui, é interessante trabalhar de acordo com os quatro pilares do PDCA (plan, do, check, act). 

Dessa forma, você identifica o que precisa ser melhorado de imediato internamente e pode mensurar a viabilidade da sua proposta na prática, depois de implementar a solução: “A nova solução resolveu o problema dentro da gestão?” 

4. Inovação de processos

Nesse tipo de inovação, o que muda não é o produto, mas alguma etapa do processo de produção. 

Supondo que a startup que vende mochilas seja um e-commerce, o processo a ser inovado pode ser a forma de vender “Agora, você também pode comprar sua mochila preferida nos chamando diretamente pelo WhatsApp!”

Essa inovação traz a reflexão de que nem sempre é necessário mudar o que vendemos: às vezes, podemos aprimorar o que já existe 🙂

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Conheça as novas startups do Pulse

Tem gente nova pulsando boas ideias com a gente. E este post é todinho dedicado a apresentar as novas startups que estão plugadas no nosso hub de inovação

As novas startups do Pulse são de áreas diferentes, o que reforça nossa visão integrada de negócio – do campo ao posto. Mesmo que estejam em fases diferentes, juntas elas fortalecem umas às outras e ao hub como um todo 😉 

Vamos a elas? 

Alta tecnologia e performance para todas as áreas

Case de sucesso por aqui, a Biti9 já tem contrato com a Raízen! Ela trouxe inteligência artificial para fazer aquelas atividades administrativas repetitivas que não agregam valor ao processo. Com as soluções da Biti9, as pessoas poderão focar em atividades estratégicas e em tomadas de decisão. Tudo isso otimiza a gestão de risco e a satisfação da equipe – e ainda aumenta a rentabilidade. A expectativa é que sejam poupadas 408 horas de trabalho por mês.

A Brain.ag também acelera etapas burocráticas, mas conectadas com o agro. Com análise de big data, a solução permite consultar todas as documentações para renovação de contratos de fornecedores de cana verificando se estão em conformidade legal. O que levava 1 hora para ser feito, passa a ser resolvido em 3 minutos (uma economia de 95% do tempo!). A Brain já tem um contrato assinado e mais um projeto-piloto sendo concebido. 

A Joycar desenvolveu um aplicativo que permite o uso de frota compartilhada, desbloqueio do veículo e gerenciamento do processo. Isso permite trabalhar com uma frota menor, com mais produtividade e redução de 20% dos custos anuais. A solução já foi contratada pela Raízen!

A Shooju criou uma plataforma que economiza o tempo no trabalho de planilhas da logística e já fechou contrato com a área. O que levava 25 minutos para ser computado em trabalho manual, agora leva 2 minutos (redução de 92% do tempo!). Analistas passaram a ter o papel de análise de fato, e não operacional. Aumenta a acuracidade e a confiabilidade da informação.  

A Tarken é uma plataforma para negociação de compra e venda de grãos. Ela acabou de nascer e já faz sua estreia no Pulse. E olha essa curiosidade: seu fundador já foi residente do hub com outro empreendimento, a Strider! Empreendedor serial? Temos! Seja bem-vindo de volta 😉 

Tempo Campo. Criada dentro da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e contratada pela área agrícola, a startup faz geração dos valores do Coeficiente de Produtividade Climática (CPC) para até 180 pontos de medições meteorológicas, geradas pelas estações da Zeus, que também é nossa parceira, e outras. 

Traive usa big data para criar perfil de crédito de produtores rurais. Nós nos conhecemos em uma mentoria do Agtech Scale Up, da Endeavor! 

 
A Data Risk está com piloto em execução aqui trazendo ainda mais inovação para o Shell Box. Com os modelos matemáticos de machine learning desenvolvidos por eles, é esperado uma maior assertividade no planejamento de distribuição de vouchers do Shell Box, o que pode gerar saving financeiro para a companhia!

Startups finalistas do Edital Sustentabilidade pulsando por aqui

Em diferentes estágios de desenvolvimento, mas com um objetivo em comum: inovação para soluções mais sustentáveis!

Green Fuel

A solução apresentada por eles aumenta a eficiência na combustão de diesel por caminhões – tornando possível rodar mais tempo com menos combustível. Ou seja, bom para a economia e bom para o meio ambiente! Foi uma das finalistas do Edital Sustentabilidade

Nearbee

Com mais de 10 prêmios e reconhecimentos na conta, a Nearbee oferece soluções inteligentes em segurança e protocolos únicos, como o Beezer e o Alfabee. Também foi finalista do Edital de Sustentabilidade!

A Sardrones é uma das contratadas da área agrícola. Por meio de drones, promove maior eficiência na liberação de agentes biológicos para controle de pragas nas plantações de cana-de-açúcar. Atualmente, atuam em 60 mil hectares na companhia, com liberação de cotésia.

Solubio

Com a construção de biofábricas de biofertilizantes, a startup auxilia na transição do uso de insumo químico para biológico com produção onfarm e foi mais uma finalista do Edital Sustentabilidade.

Meu primeiro emprego na Raízen Tech

Startups, plataformas ou empreendimentos: todos trazem inovação e compromisso com a diversidade nas nossas contratações!

Soul Code

A escola de inclusão digital e metodologia ágil tem a missão de gerar impacto social, através da capacitação tecnológica, com foco em diversidade, equidade e empregabilidade. Primeiros resultados? Cinco contratações na Raízen!

A Toti é a primeira plataforma brasileira de ensino e inclusão de pessoas refugiadas e migrantes no mercado de trabalho de tecnologia.

E quem também está com o Pulse é a turma da Laboratória. Elas fazem um trabalho de capacitação de mulheres em situação socioeconomicamente vulnerável, conectando talentos a empresas parceiras. No último ano, foram 15 mulheres contratadas pela Raízen por meio dessa iniciativa!

Uau! Quanta gente nova – e inovadora! Sejam bem-vindas todas as novas startups e parceiras do Pulse!

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Do campo ao posto, da ideia ao MVP: a importância do ecossistema de inovação integrado

Há pouco tempo, escrevemos aqui no blog sobre os conceitos de hub e ecossistema de inovação. Afinal, é o que somos e onde vivemos no Pulse. Somos um hub de inovação, atuando dentro de um ecossistema muito maior. 

Sabe aquele aparelhinho que interliga vários computadores da mesma rede, para transmitir informações entre eles de forma segura? Fazemos isso com empresas, pessoas e ideias: conectamos geral! 

É a partir dessa conexão, que os atores empenhados em promover transformações – startups, investidores, clientes, universidades e organizações – fazem a inovação acontecer de fato.

No Pulse, fazemos isso de forma integrada, pensando em todas as pontas do processo: do campo ao posto. Assim como a Raízen. Quer entender melhor?

Integração na Raízen e no Pulse: do campo ao posto

A Raízen é uma empresa integrada de energia, ou seja, que atua desde o cultivo da cana-de-açúcar, passando pela produção de diferentes tipos de energia (açúcar, etanol, bioenergia), logística, gestão e distribuição, até o contato com o consumidor final (como nas lojas Shell Select, por exemplo).

O Pulse surgiu como hub de inovação da Raízen para ajudar em todas as partes desse processo. Acreditamos que é possível melhorar sempre, em cada setor. Assim, conectamos soluções para o campo, escritórios, estradas e pontos de venda – com as áreas de negócio correspondentes na empresa.

Hoje são 38 startups plugadas no Pulse

Dentre as agtechs, o Pulse já ajudou a emplacar na Raízen tecnologias de monitoramento e imageamento de lavouras (Horus Aeronaves, Taranis), gestão de insumos (Perfect Flight), análise de documentações de fornecedores (Brain.ag) e pulverização por drones (Arpac). Tudo isso ajuda a Raízen e os fornecedores de cana do Programa Cultivar a aumentar a produtividade, otimizando tempo e recursos. Além disso, as novas técnicas permitem manejos mais sustentáveis da terra, gerando mais energia por hectare e uso racional da água, conectado com os compromissos da Raízen pela sustentabilidade.

As áreas de logística, recursos humanos, segurança e facilities também são beneficiadas com as inovações made in Pulse. Alguns exemplos são a criação de frotas compartilhadas (JoyCar), permitindo a redução do número de veículos; o maior grau de acerto em pesquisas de clima organizacional e os planejamentos de desenvolvimento de pessoal (Talent); o monitoramento de conduta de motoristas de caminhão (Onisys); bem como a otimização de checagens de rotinas de segurança (Checklist Fácil).

A inovação pela sustentabilidade também está na indústria da Raízen, com técnicas de controle de qualidade, de economia no consumo de biomassa e de redução de emissão de CO2 (Aimirim), bem como no monitoramento do uso de energia (GreenAnt) para quem já aderiu à Geração Distribuída de Energia Solar.

Além desses cases de inovação que citamos aqui, há muitos outros que já passaram ou estão passando por várias etapas da inovação.

Porque mentes (e empresas) inovadoras são assim: estão sempre verificando pontos de melhoria, pensando soluções, testando, reelaborando, tentando de novo. Vem ver como o processo acontece no Pulse.

Startups unidas: da ideia ao MVP

Inovação não se faz apenas com uma ideia na cabeça ?, muito menos com varinha mágica. Para inovar e implementar mudanças é preciso método, plano, teste, avaliações e refações, sempre que necessário.

Aliás, essas são as etapas de um método que usamos muito no Pulse: o PDCA (Plan-Do-Check-Act). A sigla vem do inglês e é bem literal: consiste em planejar, testar, conferir e agir (ou ajustar). Com isso, estamos sempre escaneando oportunidades de melhoria e testando novas formas de ação. 

Mas antes, ou paralelamente, é preciso verificar a viabilidade de cada nova ideia. Se as ideias podem voar alto, a implementação deve ter os pés no chão.

Feito o plano de negócios, em que a startup vislumbrou uma solução e possíveis clientes interessados, começa a fase de testes. É nesse momento que entra outra metodologia muito importante: o MVP, ou Mínimo Produto Viável 

O MVP vem do inglês  Minimum Viable Product. Em síntese, o MVP é a versão mais enxuta de uma solução, seja produto, serviço ou sotftware. Apesar de ser mais “resumido”, ele precisa ser funcional, pois é a partir dele que o pequeno grupo de clientes faz os testes e dá seu feedback.

Um projeto-piloto também pode ser encarado como um MVP. Aqui no hub, os clientes são as áreas de negócio da Raízen. Quando uma startup se conecta ao Pulse, a viabilidade do projeto pode ser testada na prática, com a participação de vários players dentro da empresa. Legal, né?

Assim, a partir dos testes, se a startup e a Raízen acharem necessário, nós co-criamos, implementamos, medimos, aprendemos e escalamos as soluções que tiverem sinergia com nossos negócios. 

Não é à toa que a Raízen é considerada a empresa mais aberta às startups no setor de energias renováveis segundo o ranking Top 100 open corps 2021 e está em nono lugar na classificação geral.?

Afinal, nosso ecossistema está sempre aberto para quem quer fazer a inovação acontecer. 

Preencha o formulário e inscreva sua startup no nosso banco de dados. Assim que surgir um desafio que der match com sua solução, podemos te chamar para uma conversa. ?

Saiba mais

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A importância do Investimento Anjo para Agtechs

*Este conteúdo é uma colaboração de Paulo Mariotto, da BR Angels, e Diogo Machado, da Quíron Digital

O mercado de Agtechs está em franca expansão no Brasil. Hoje o país conta com 298 Agtechs em funcionamento e emprega 4.622 pessoas, segundo o último Report da Distrito  para o segmento. Ainda segundo o estudo, 40% das startups focam suas soluções na agricultura de precisão, um mercado mundial que chegará a mais de 7 bilhões de dólares até 2026.

O Radar Agtech, outro estudo realizado com startups do agro, detectou 1.574 agtechs no Brasil em 2021. Em 2019, a mesma pesquisa identificou 1.129 startups do segmento.

Apesar de ter uma demanda global aquecida, com crescimento anual de 25%, no Brasil as empresas se encontram num momento early-stage. 81% dos deals foram realizados nos primeiros passos de investimento, como anjo, pre-seed e seed. Esse indicador demonstra grande potencial de crescimento, tanto para as empresas quanto para investidores que queiram adicionar o mercado agro como foco, inclusive com alguns fundos de investimento de Venture Capital recém criados na tese agro.

O investimento nos primeiros passos de uma agtech é fundamental por algumas particularidades do mercado. Uma delas é a necessidade de desenvolvimento tecnológico prévio para fornecer soluções para as empresas do setor, normalmente as grandes possuem equipes internas focadas em tecnologia e superar o nível tecnológico demanda tempo e maturidade.

Por sua vez, essa maturidade demanda cash burn (dinheiro utilizado antes do ponto de equilíbrio) que apenas fundos de investimento, como investidores anjos, podem prover.

Outro ponto importante no segmento é a necessidade de aproximação dos dois universos: agro e tecnologia. Se por um lado, as empresas do segmento estão cada vez mais próximas de iniciativas tecnológicas, com programas de inovação aberta e desafios nos mais diversos temas, por outro as empresas de tecnologia precisam se aproximar do produtor e entender as reais oportunidades e particularidades do campo. Essa aproximação e refino das hipóteses iniciais também demandam tempo e recursos, os quais os fundos podem providenciar.

Algumas Agtechs se destacam, como a Solinftec, que atua na automação de operações e recebeu o maior volume de aportes do segmento, com 60 milhões de dólares dos fundos Unbox Capital e TPG.

A Horus Aeronaves, atuando com desenvolvimento e monitoramento via drones de asa fixa foi pelo caminho do equity crowdfunding, captando 2 milhões de reais via plataforma de investimento coletivo.

A Quiron Digital recebeu aporte da Anjos do Brasil no começo de 2021 e em 6 meses conseguiu com o recurso abrir mercado em 4 países diferentes, focando sua atuação no segmento florestal.

Essas empresas são bons exemplos do uso de tecnologia para o fortalecimento do segmento. A IRancho recebeu aporte da BR Angels em 2020. Atua no segmento de Gestão de Pecuária e rastreabilidade. O recurso tem permitido à empresa acelerar o processo de vendas.

Considerando que no Brasil houve apenas 4 deals de série B e 12 em série A, fica evidente que o mercado das Agtechs passará por uma explosão de tecnologia e aportes nos próximos anos, com investidores em todos os estágios focados no segmento. É de vital importância o processo de maturidade das startups para acompanhar esse aumento de visibilidade do segmento, para ter empresas com market fit validado, tracionando em faturamento e focando na expansão internacional. Com esse círculo virtuoso de desenvolvimento de tecnologias e investimentos teremos muito em breve o primeiro Unicórnio Agtech do Brasil.

*Imagem Freepik

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Agricultura Digital: Um caminho sem volta

Este conteúdo é uma contribuição de Syngenta Digital

O Brasil na produção de tecnologias para o agro: em que pé estamos?

Não há dúvidas: o Brasil é uma das grandes potências mundiais do agronegócio. O posto se deve, em grande medida, à exportação de commodities, é claro. Mas o país tem se consolidado também como um produtor de tecnologia para o setor.

Já são mais de 1574 agtechs espalhadas no território brasileiro, segundo levantamento da Radar AgTech Brasil 2020/2021, uma iniciativa da Embrapa em parceria com a HomoLudens e SP Ventures. Essas agtechs ou startups promovem uma grande revolução no campo, inovando o setor e ajudando o Brasil a se consolidar na vanguarda. São softwares; inciativas voltadas para a criação de alternativas energéticas; uso mais racional de produtos químicos; monitoramento; controle ambiental; biotecnologia e sementes, não faltam ideias e soluções para o agronegócio e seus produtores.

A tecnologia também tem nos permitido aumentar a produtividade. E o melhor: sem ocupar mais espaço. Dá só uma olhada nesse número: da safra de 1976 até hoje, a produção de grãos cresceu 397% enquanto a área plantada, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, aumentou apenas 45%. Sem as inovações trazidas pela tecnologia, isso não seria possível.

Por que o Brasil?

A vasta extensão territorial e clima tropical são, sem dúvidas, fatores que favoreceram a agricultura brasileira. Temos muita terra disponível. 66% do nosso território é coberto pela vegetação nativa, dos quais um quarto está nas fazendas privadas, segundo a Embrapa. Isso mostra que podemos crescer ainda mais! Esses são fatores que nenhum outro país tem na mesma condição que o Brasil.

Além disso, também temos e produzimos tecnologia. De norte a sul do país, produtores experimentam os desafios do cultivo de fibras e alimentos, atraindo e fomentando também a procura por soluções.

De acordo com o estudo Radar AgTech Brasil, o Ranking dos Ecossistemas de Startups de 2020 classificou a cidade de São Paulo como o 18º ecossistema de startups do mundo. A capital paulista é também a única cidade latino-americana a figurar entre os 30 primeiros colocados do Relatório Global dos Ecossistemas de Startups.

Mas é em Piracicaba, no interior de São Paulo, que 40% das Agtechs com foco em agronegócio estão instaladas. Há até quem chame a região de Vale do Agronegócio ou “AgTech Valley”, em referência ao Vale do Silício californiano. De lá tem saído ideias de monitoramento de plantações via satélite, uso de sensores para irrigação inteligente ou drones para a disseminação de pesticidas.

Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, é outra cidade que também tem respirado inovação. E foi lá que a suíça Syngenta escolheu a para abrigar a primeira sede da sua nova estrutura de negócios, a Syngenta Digital.

Próximos passos

Ainda que o cenário seja animador, o Brasil ainda precisa trilhar um longo caminho para oferecer melhores condições à inovação. A pesquisa Radar AgTech 2020/2021 coloca que é “Imprescindível buscar estruturar os ambientes de inovação brasileiros, com foco em conectividade e transferência de dados com dimensões, velocidade e fluxo cada vez maiores”. Para consolidar os avanços e aprimorar o ambiente de inovação, atraindo ainda mais investimentos, é preciso evoluir os processos de fomento para o digital.

Outro grande desafio é a falta de infraestrutura que impede o avanço da agricultura digital.  De acordo com o último Censo Agropecuário, de 2017, mais de 70% das propriedades rurais não possuem conexão.

Apesar da falta de rede, algumas empresas têm oferecidos soluções digitais que permitem o produtor rural trabalhar. “São soluções que sincronizam as informações quando os dispositivos chegam em um local com cobertura de internet”, explica Leonardo Teixeira, analista de negócios da Syngenta Digital.

O papel do digital nas megatendências para o setor

O Brasil já é protagonista quando o assunto é agricultura. Para seguir desempenhando um papel crucial para a segurança alimentar mundial, o país precisará de um investimento ainda mais robusto em inovação e digitalização. Afinal, segundo o estudo Radar AgTech Brasil, o futuro do agro será pautado em um conjunto de megatendências. Entre elas, estão o protagonismo dos consumidores, os riscos na agricultura e a convergência tecnológica e de conhecimentos na agricultura.

Mas o que isso significa? Em primeiro lugar, o consumidor final está cada vez mais exigente em relação à qualidade do alimento que consome. Mais do que comer bem, ele vem buscando transparência nesse processo. As soluções de agricultura digital têm o poder de colher dados da lavoura, desde o período que antecede a semeadura, tornando a nossa agricultura ainda mais sustentável. São informações valiosas, capazes de aproximar o campo daquele que consome, não importa em que parte do mundo ele esteja.

As empresas que produzem soluções digitais também são centrais na redução dos riscos na lavoura. Afinal, o fornecimento e a análise de dados do campo representam um dos pilares da agricultura digital. Em outras palavras, o investimento em digitalização e a inclusão digital dos agricultores é uma megatendência para o futuro do Agro. Através dela o produtor rural terá maior agilidade e assertividade nas decisões, conectividade e integração aos processos produtivos e de gestão, além de mais lucratividade.

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O papel do CEO diante dos paradoxos da inovação

Este conteúdo é uma contribuição de Reinaldo Donadio, Diretor de Inovação da Endeavor Brasil

Veja 9 paradoxos da inovação nas empresas e como gerenciá-los para prosperar em um mercado não linear e muitas vezes incompreensível.

A pergunta que não quer calar é: por que as empresas falham ao inovar? Na minha visão, a melhor maneira de explicar isso é através de alguns exemplos.

Entre 1990 e 2000, a Nokia dominava o mercado de celulares e achava que isso era suficiente. Com o passar dos anos, não atualizou seu sistema operacional para facilitar o desenvolvimento de aplicativos e também não deu atenção para as mudanças que a Apple – empresa que soube se reinventar e conquistar mercado – trazia.

Em 2007, a Blackberry possuía 50% do mercado de celulares nos Estados Unidos. Por causa da sua posição consolidada, não evoluiu sua tecnologia de segurança para troca de e-mails e também não acompanhou as novidades apresentadas no lançamento do iPhone.

Particularmente, acredito que são exemplos de como não ser um varejista no século 21. As duas empresas superestimaram o produto que possuíam e subestimaram a entrada de novas tecnologias, não alocando recursos para garantir ou expandir o que já existia.

Quando falamos de inovação, não falamos sobre certezas.

Não é possível saber, de primeira, qual iniciativa terá sucesso. A indústria de Venture Capital investe em um portfólio de ideias porque sabe que, provavelmente, só uma delas vai dar certo.

A imagem abaixo exemplifica isso. De acordo com Alexander Osterwalder, a cada 250 investimentos em inovação, 162 falham, 87 alcançam algum nível de sucesso, porém só 1 negócio atinge o objetivo planejado inicialmente.

Como ter mais assertividade na inovação?

Recentemente, em um workshop realizado para empresas parceiras de Inovação Aberta da Endeavor, o Mentor Daniel Castello definiu a transformação digital como “uma resposta à disrupção causada, principalmente, por novas empresas que configuraram mercados a partir das opções de tecnologia que foram oferecidas a elas”.

Essa definição está conectada com o que acreditamos aqui na Endeavor: a disrupção é liderada pelas scale-ups. Por causa do seu modelo de negócio que cresce aceleradamente, essas empresas são inovadoras por natureza.

Então, as grandes empresas precisam inovar como scale-ups. E isso significa que:

  • As pessoas que trabalham nas empresas precisam se enxergar como intraempreendedoras. Ou seja, colaboradoras e colaboradores que buscam, criam e implementam ideias, possuem capacidade diferenciada de analisar cenários e de encontrar oportunidades.
  • As lideranças precisam apoiar as iniciativas de inovação dentro da empresa. A área de inovação não consegue, sozinha, convencer a empresa inteira sobre a importância de inovar e explorar novos negócios.
  • Às vezes os testes não dão certo e os resultados não são tão rápidos. Quebrar uma cultura que abomina o erro e criar a consciência de que o processo de inovação é composto por testes e falhas, é premissa para o sucesso das iniciativas.

Essas premissas reafirmam que, sem transformação cultural, não há inovação. Depois disso, as grandes empresas devem entender que, ao inovar, elas estarão lidando com diferentes paradoxos todos os dias. O que isso quer dizer? Explico em nove exemplos.

Os nove paradoxos da inovação

1. Inovação e excelência operacional

Em uma grande empresa, a inovação é feita enquanto a operação acontece – com excelência – no dia a dia. É preciso manter a roda girando enquanto o time de inovação explora novas oportunidades para que a empresa continue relevante no futuro.

2. Criar novos negócios, produtos e serviços e gerenciar o core business

Gerenciar novos produtos e gerenciar o core business são coisas completamente diferentes – e simultâneas. Nesse cenário, a liderança precisa saber administrar uma startup e uma empresa estabelecida ao mesmo tempo.

Nesse sentido, precisam entender os números de um P&L – Demonstrativo de Lucros e Perdas -, do balanço patrimonial e também revisar hipóteses, MVPs – Produtos Mínimos Viáveis – ​​e dados de experimentos com clientes.

3. Estratégia deliberada e estratégia emergente

As grandes empresas desenvolvem a estratégia de forma deliberada e de cima para baixo – a liderança define a estratégia e os times executam. Porém, para inovar com sucesso, as empresas precisam usar uma combinação de estratégia deliberada, baseada na visão, e estratégia emergente, baseada no aprendizado do mercado.

Ao inovar, o time estará testando constantemente seus produtos e modelo de negócio com os clientes. Os resultados desses experimentos fornecem um refinamento contínuo do que está sendo desenvolvido. No entanto, essas lições também devem refinar a estratégia da empresa.

4. Decisões descentralizadas e maior transparência

Para não sufocar a inovação, funcionários mais próximos dos clientes precisam tomar decisões e informar executivas e executivos sobre o que funciona ou não. Nesse contexto, a visibilidade da tomada de decisão é importante para ajudar a criar confiança e oferecer o que o cliente realmente precisa.

5. Uma única empresa e não um único modelo de negócios

Para inovar, as grandes empresas precisam parar de pensar e agir como se fossem organizações monolíticas, com modelo de negócios único. Isso faz a empresa ser menos adaptável em um contexto de constante mudança.

A complexidade de gerenciar vários modelos de negócios em diferentes fases é tarefa de todo CEO.

6. Falhe rápido e gere lucros

Toda empresa quer gerar lucros. Mas, para inovar, é preciso abraçar o fracasso. Isso significa que, muitas vezes, a inovação pode ter custos em recursos financeiros, físicos e humanos.

Então, como uma empresa pode falhar e lucrar ao mesmo tempo? Falhar não é o objetivo final. O objetivo é usar o fracasso para aprender rápido.

No final, a empresa está aprendendo as melhores maneiras de ganhar dinheiro com soluções melhores.

7. Impaciente pelos lucros e paciente pelo crescimento

Muitas vezes, as grandes empresas já operam em grande escala. Por isso, existe uma tendência de querer escalar novas soluções o mais rápido possível. Esse dimensionamento prematuro é um dos principais motivos do fracasso da inovação.

Clayton Christensen sempre provocou os líderes a serem pacientes quando se trata de novas soluções.

Nenhuma nova solução deve escalar até que seu modelo de negócios tenha sido validado. Depois de sabermos que o modelo de negócios é lucrativo e sustentável, ele estará pronto para crescer.

8. Recursos disponíveis e soluções que ninguém quer

Antes mesmo de considerar os recursos disponíveis para investir em uma nova solução, é preciso testar o product market fit e entender se as pessoas precisam do que será oferecido.

9. 50% gestão e 50% inovação

Empresas inovadoras são aquelas em que a inovação tem prioridade. Geralmente, a liderança deve gastar mais de 50% de seu tempo com inovação.

Inovação não existe em segundo plano.

Antes de qualquer coisa, as lideranças precisam entender que a inovação precisa ser fomentada – é como adubar um terreno e preparar o solo para que as ideias possam surgir, crescer e dar frutos.

Assim, com o terreno preparado para novas ideias e líderes com clareza de como evitar todos os paradoxos da inovação, é bem provável que suas empresas não sejam as próximas Nokias ou Blackberrys, mas sim, as novas Apples.

Imagens Freepik/Endeavor

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Tech Talks by Pulse Hub – IA e Consumo: a gente vê por aqui!

No mês de março aconteceu o Tech Talks by Pulse Hub, promovido pelo nosso time de tecnologia com grandes nomes do mercado para falar sobre Energia, Diversidade, Saúde, IA e Logística. E aqui você confere o último dessa série de lives incríveis, cheias de conteúdo sobre o universo da tecnologia.

Um de nossos convidados foi Wanderley Baccalá Jr, que em 2020, com o Processo de Transformação da Globo em uma MediaTech Company e reestruturação do Grupo, passou a atuar como diretor do HUB Digital, responsável pela tecnologia das plataformas digitais, produtos e serviços dos ambientes de Publicidade e D2C.

Para moderar esse papo, convidamos o vice-presidente de Trading da Raízen, Paulo Neves, e agora você confere tudo o que rolou nessa live!

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Tech Talks by Pulse Hub – Disrupção de corpo e alma: inovações em saúde e bem-estar

O Tech Talks by Pulse Hub foi um evento promovido aos funcionários da Raízen com grandes nomes do mundo da tecnologia e inovação, e agora você confere alguns dos conteúdos também em nosso blog.

E se o assunto é tecnologia, o tema Saúde não podia ficar de fora. Em 2020, as healthtechs ganharam grande destaque e cresceram muito devido a pandemia. Outros aspectos relacionados a saúde, principalmente quando falamos de saúde mental, também estão em evidência e ajudaram no crescimento do tema.

Por isso, convidamos José Simões, co-founder do Zenklub, e Marcus Figueredo, CEO da Hilab, para bater um papo com nossa vice-presidente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Paula Benevides. Confira o que rolou!

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Conheça o Agtech Valley

A região do Agtech Valley, em Piracicaba, é um importante celeiro para inovação no agronegócio e conta com importantes empresas e agentes do ecossistema de inovação.

Conheça um pouco mais sobre a cidade e seu ecossistema no vídeo produzido pelo Parque Tecnológico de Piracicaba, que conta com imagens do nosso co-working e da Raízen.

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Tech Talks by Pulse Hub – Acelerando a Diversid@de!

Funcionários da Raízen puderam interagir com a gente no Tech Talks sobre a sobre a importância da tecnologia para a transformação das empresas! Contamos com a participação de diversos nomes importantes do mercado, como Luiz Henrique Macedo, sócio da WX, Tania Cosentino, CEO da Microsoft, Marcus Figueiredo, CEO Highlab, José Simões,  Co-founder da Zenklub, Wanderley Baccala, CEO da Globo.com e Roberto Gandolfo, VP de Logística do iFood.

Vamos compartilhar algumas dessas palestras aqui no nosso blog! Neste primeiro post, trazemos Fábio Mota, Vice-presidente do CSC da Raízen e Head do Pulse, conversando com nossa convidada Tânia Cosentino, Presidente da Microsoft Brasil e líder ativa dos movimentos HeForShe e WEP (Women’s Empowerment Principles). Dá o play! 🙂

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