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Futuro do açúcar: os avanços das startups para alimentação doce e saudável

O açúcar, ingrediente milenar e versátil, enfrenta desafios para se adaptar às novas demandas do mercado. Consumidores cada vez mais conscientes buscam alternativas mais saudáveis, sem abrir mão do sabor e da funcionalidade. Essa busca impulsiona uma corrida por inovações entre startups, que desenvolvem soluções para reinventar o açúcar e atender às expectativas do público moderno.

Como hub de inovação da Raízen, a maior empresa exportadora de açúcar do mundo, nós acompanhamos essas pesquisas e inovações com atenção.  Conheça alguns dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos mundo afora, e as inovações que estamos promovendo aqui também.

Inovar para quê? 

As inovações na produção de açúcar caminham para diferentes objetivos: da maior sustentabilidade e transparência nas etapas de produção ao desenvolvimento de alternativas menos calóricas ou nutricionalmente mais interessantes.

Redução de calorias e açúcares: não é de hoje que o mercado busca alternativas sintéticas ou naturais para adoçar alimentos sem elevar o valor calórico. Desde 2023, adoçantes como sacarina, sucralose, aspartame, stevia e derivados são contraindicados pela OMS para uso contínuo de controle de peso. Nesse sentido, adoçantes naturais, como eritritol e xilitol, ganham espaço por oferecerem doçura sem o impacto calórico do açúcar tradicional.

Funcionalidade e benefícios à saúde: enriquecimento com vitaminas, minerais e fibras prebióticas transforma o açúcar em um ingrediente com propriedades funcionais, promovendo bem-estar e saúde.

Sustentabilidade e impacto ambiental: a busca por processos de produção mais limpos e eficientes, com menor uso de recursos naturais e menor emissão de carbono, é fundamental para atender às demandas do consumidor consciente. 

Neste último quesito, a Raízen é uma das líderes em inovação, com processos cada vez mais sustentáveis certificadas internacionalmente pela Bonsucro. Uma das inovações mais recentes da empresa é o rastreamento do açúcar não-geneticamente modificado. A tecnologia de rastreamento utiliza blockchain para assegurar que o açúcar comercializado não passou por transgenia.

3 Startups na vanguarda da inovação do açúcar

A corrida das foodtechs em busca do açúcar mais saudável reflete a importância do tema mundialmente. Destacamos algumas inovações que chamaram nossa atenção por aqui:

Oobli: a startup americana produz proteínas doces com sabor semelhante ao do açúcar, mas até 5 mil vezes mais doce. Os estudos iniciais indicam que não há alteração sanguínea com o consumo, pois a quantidade da proteína necessária para adoçar alimentos é ínfima. Essas proteínas são retiradas de cerca de 12 frutas encontradas principalmente na África Ocidental e outros ambientes equatoriais.

A empresa já comercializa chocolates e chás gelados adoçados com essas proteínas doces.

Ambrosio Bio e Bonumose: essas duas startups (a primeira israelense e a segunda americana) desenvolveram enzimas para fermentar e dar escala comercial à produção de açúcares raros e de baixíssimo índice glicêmico. A primeira consegue fazer isso com a alulose e a segunda com a tagatose. Esses açúcares naturais são encontrados em frutas como maçã e cacau, porém em baixa quantidade. A extração deles em si seria insustentável ambientalmente, mas as enzimas patenteadas pelas startups promovem a fermentação desses açúcares, reduzindo o custo e mantendo o ingrediente tão puro quanto nutritivo.

DouxMatok: a tecnologia da startup israelense promove a redução do consumo de açúcar a partir do próprio açúcar de cana e foi destaque na revista Time. O que eles fazem em laboratório é uma espécie de revestimento das moléculas que otimizam o contato da doçura com as papilas gustativas. Segundo os desenvolvedores, as moléculas normais de açúcar tendem a “se perder na boca”, sem serem percebidas. Esse revestimento, que não é considerando uma alteração genética, permite o melhor aproveitamento da doçura com menor quantidade. 

Com isso, a startup consegue reduzir entre 30 e 60% a necessidade de açúcar da indústria alimentícia sem afetar o sabor. 

O açúcar Raízen no Brasil e no mundo

O portfólio da Raízen conta com praticamente todos os tipos de açúcares do mercado: desde açúcares líquidos, refinados e cristais até orgânicos e o VHP (Very High Polarization). Este último é o tipo de açúcar mais exportado do país, que por ser um produto bruto pode ser usado como matéria-prima para refino e diversos outros processos. 

Nosso açúcar é usado na produção de alimentos, bebidas e até medicamentos.  Não é à toa que estamos sempre de olho em oportunidades de tornar nosso produto cada vez mais interessante para as demandas globais. A inovação com a rastreabilidade de processos sustentáveis e grãos não-OGM é um exemplo disso. 

No Pulse, estamos sempre alertas a inovações e possíveis parcerias. Você tem ou conhece uma foodtech que se interessa pelo futuro do açúcar? Queremos conhecer você! 

VEM PRO PULSE!

Referências:

https://unitedwithisrael.org/israeli-food-tech-startup-to-make-sugar-taste-twice-as-sweet/

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxx39gyk8d9o

https://www.douxmatok.com/

https://oobli.com/

https://revista-fi.com/noticias/todos/ambrosia-bio-e-ginkgo-enzyme-desenvolvem-processo-enzimatico-escalonavel-para-alulose 

https://revista-fi.com/noticias/todos/ambrosia-bio-e-ginkgo-enzyme-desenvolvem-processo-enzimatico-escalonavel-para-alulose

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