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Futurismo, Future Thinking e Foresight: o que isso tem a ver com a sua empresa HOJE?

Se você já se perguntou onde se imagina daqui a 5 ou 10 anos, pode dizer que já fez um exercício básico de futurismo. Se considerou cenários que podem impactar seu caminho até lá, pode dizer que já avançou um pouco mais.

Agora, se você quer saber como Futurismo, Future Thinking ou Foresight podem ajudar a sua empresa ou startup, este é o lugar. Depois de trazer a definição e um breve histórico, vamos conversar sobre algumas ferramentas de implementação e mostrar exemplos práticos de como aplicamos isso na Raízen e no Pulse. Afinal, estamos redefinindo a energia do futuro 😉

O que é Futurismo, Future Thinking e Foresight

Os nomes utilizados variam de acordo com as escolas, grupos de estudos ou consultorias vinculadas ao tema. Para um breve panorama, comecemos por três definições mais básicas

Futurismo é o termo geral que abrange todas as abordagens voltadas para análise de futuros, com ou sem ferramentas ou metodologias próprias. * Não confundir com o movimento artístico de mesmo nome que ocorreu no início do século 20.*

Future Thinking é a habilidade de analisar sinais do presente, tendências e possibilidades para tomar as melhores decisões para a construção de futuros desejáveis.

Foresight é o conjunto de ferramentas ou práticas que ajudam empresas a visualizarem, se prepararem e/ou se anteciparem em possíveis cenários futuros

Independentemente da linha que se siga, está cada vez mais claro para diferentes empresas, startups e até para governos que pensar o futuro é cada vez mais importante e que isso requer metodologia.

E não é de hoje

Embora as especulações sobre o futuro tenham sempre acompanhado nosso imaginário e a ficção científica, a aplicação mais rigorosa começa na década de 1940, na avaliação de cenários do pós-guerra para a definição de estratégias militares. 

Décadas mais tarde, os roadmaps de visualização de “sinais do futuro” passaram a ser usados por grandes empresas – especialmente a indústria da moda, que popularizou a expressão de análise de tendências.

O futurismo anda de mãos dadas com a inovação. 

E isso vale para os mais diversos setores. O que muda é a relação que a empresa vai ter com os cenários que é capaz de antecipar. 

1) A empresa pode esperar a confirmação do cenário e promover uma inovação reativa

2) ela pode investir em inovação adaptativa, preparando seu próprio público para esse futuro; ou 3) pode fazer inovações preditivas, que vão ajudar a desenhar o mercado em que se inserem (e assumir os riscos disso).

No podcast sobre o tema promovido pela PwC Agtech Innovation, a professora Beatriz Alcântara cita o exemplo da Apple para falar da relação entre inovação, foresight e tomada de decisão. 

Segundo ela, o lançamento do iPhone pode ter sido segurado para um momento em que o público estivesse mais pronto. No início dos anos 2000, as pessoas estavam recém se acostumando a telefones celulares com teclados. Um telefone todo touchscreen poderia ser muito disruptivo e ter baixa aceitação. Foi assim que o lançamento e a evolução do tocador de música iPod, com seu design mais clean e progressivamente touch, teria aberto espaço para o fenômeno do iPhone.

Mas como antecipar o futuro?

O futuro dá sinais. A antecipação do futuro requer a observação atenta do que está acontecendo no presente. Ou, nas palavras de Fred Trajano, CEO da Magazine Luiza, requer a “capacidade fuçativa”. Aqui entram informações disponíveis na mídia, universidades, eventos, palestras, redes sociais, nas ruas. 

É na leitura e cruzamento desses dados que um bom futurista começa a desenhar cenários possíveis. Ferramentas digitais como Google Trends, SEMrush e relatórios anuais de tendências fornecem dados macro. Conhecimento de tecnologia, história, sociologia, antropologia e política fornecem lentes para deixar essa leitura ainda mais acurada. 

Dica: salve conteúdos que trazem indícios de futuro em pastas para cada setor

E não basta analisar somente o seu setor. A consultoria Aerolito propõe uma análise de sinais do presente em três ondas para criar diferentes cenários futuros. 

A primeira onda considera mudanças que provocam impacto direto no seu negócio, como comportamento do seu público, concorrentes e líderes do seu setor. 

A segunda onda, de impacto indireto, presta atenção a novos players que estão modificando o seu mercado.

A terceira onda de observação considera o impacto transversal que outras áreas fora do seu mercado possam provocar (por exemplo, uma mudança na alimentação pode provocar uma mudança do agro).

O desenho dos mapas se dá pela combinação dessas informações em diferentes possibilidades. Note que é possível criar cenários totalmente opostos entre si, e é aqui que está a riqueza da análise.

Um exercício: a partir de um cenário que você vê como possível, pergunte-se: o que eu gosto aqui? O que eu não gosto? Que oportunidade posso aproveitar? Que dificuldade devo contornar? A partir dessa sistematização é possível criar um planejamento estratégico com os próximos passos. Aqui, o design thinking pode se tornar um aliado do future thinking para imaginar e traçar futuros desejáveis

Leia também: Metodologias ágeis: como elas podem ajudar sua startup  

Futurismo na Raízen

Estamos sempre de olho nas tendências do mundo e do nosso mercado. 

A Raízen já nasceu da observação da necessidade de transição energética gradual, justa e acessível. A partir daí, foram feitos investimentos em pesquisa de desenvolvimento e aprimoramento de energias renováveis. Sabemos que o futuro da energia não tem via única, por isso investimos em um portfólio diverso que atenda a diferentes cenários.

Etanol de segunda geração, biogás, parceria para geração de combustível de aviação sustentável, pontos de recarga para carros elétricos, hidrogênio renovável são alguns dos frutos desse esforço. 

Esse exercício é feito também diariamente nos diferentes setores e frentes de negócio. No Pulse, acompanhamos constantemente o que empresas e startups de outras áreas estão fazendo. É dessa habilidade de Future Thinking que pode nascer uma nova ideia.

Aliás, esse olhar atento para as novidades resultou neste artigo sobre o Futuro do Açúcar. Vale a leitura

Principais fontes utilizadas:

https://aeroli.to/

Jornada de Inovação T2 | EP8: Futures Thinking: Decodificando e combinando sinais

A história do iPod – TecMundo

Conheça o foresight e entenda o que faz um futurista • ESPM

Estudos de Futuros, Foresight, Futurismo, Futurologia, Futures Thinking… Qual nome??? – Futurotopia

Qual é a diferença entre Futures Thinking e Futurismo?

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