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ESG: o novo papel das startups na sociedade

PULSE---Post-Blog---Março

Todos nós já ouvimos, lemos e vimos o ESG (Environmental, Social and Governance) em prática por inúmeras companhias no mercado. 

O motivo da popularidade? As premissas semeadas resultaram (e ainda resultam) na colheita de bons resultados. 

Somente no ano passado, o mercado global de investimentos ESG movimentou cerca de 30 trilhões de dólares, de acordo com a Bloomberg Professional Services. A estimativa é que o valor chegue a até 53 trilhões de dólares em 2025!

Quer saber mais sobre o que existe por trás de toda a grandeza que essa sigla carrega? Acompanhe a matéria 😉 

Simplificando a sigla ESG

Vamos começar simplificando a sigla! Entenda o significado de cada letra:

  • A letra E (environmental) envolve todo e qualquer movimento que um negócio realiza em prol do meio ambiente. 

Exemplo: políticas de sustentabilidade, metas net-zero, redução da pegada de carbono, gestão hídrica, controle das emissões de poluentes e por aí vai.

  • A letra S (social) está relacionada à forma como um negócio lida com seu entorno.

Ou seja: iniciativas sociais, cumprimento da lei, diversidade da equipe, proteção de dados e privacidade, satisfação do cliente, entre outros. 

  • Já a letra G (governance) se refere à parte administrativa de um negócio. 

Logo: transparência nas decisões, ética e compliance, gestão interna e ações que estão de acordo com as regulamentações vigentes.

De volta às origens: conhecendo as raízes do ESG

Bateu a curiosidade para entender qual foi a premissa que conquistou o mercado global, não é? A linha de raciocínio é, basicamente, a de cuidar para ganhar. 

Who Cares Wins”, em português, “Quem se importa, ganha” foi o nome dado ao relatório da conferência que reunia o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o Banco Mundial e outros 50 CEOs de grandes instituições financeiras, em 2004.

O desafio da conferência era aliar fatores sociais, ambientais e de governança ao mercado de capitais e foi então que as primeiras ideias de ESG começaram a surgir.

Princípios ESG na prática

Em termos de aplicabilidade, uma empresa que se autointitula sustentável e adepta ao ESG precisa promover os 10 princípios do Pacto Global

1. Respeitar e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente na sua área de influência 
2. Assegurar a não participação da empresa em violações dos direitos humanos
3. Apoiar a liberdade de associação e reconhecer o direito à negociação coletiva
4. Eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório
5. Erradicar todas as formas de trabalho infantil da sua cadeia produtiva
6. Estimular práticas que eliminem qualquer tipo de discriminação no emprego
7. Assumir práticas que adotem uma abordagem preventiva, responsável e proativa
8. Desenvolver iniciativas e práticas para promover e disseminar a responsabilidade socioambiental
9. Incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente responsáveis
10. Combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo a extorsão e o suborno

E desenvolver projetos de acordo com os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU:

ESG e rentabilidade financeira

Vantagens competitivas, melhora da reputação e maior lucratividade são alguns dos efeitos a longo prazo ao adotar uma agenda ESG nos negócios. Isso porque, hoje, o ESG integra as métricas de avaliação de uma empresa no mercado financeiro. 

Uma matéria da XP Investimentos confirma: já existem estudos que demonstram alto potencial de concorrência em negócios adeptos à governança corporativa, bem-estar dos funcionários e cuidados com o meio ambiente, além da maior rentabilidade.

Desde a criação desses pilares, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) valorizou 296%, contra 223% do Índice Ibovespa no mesmo período.

Uma pesquisa realizada pela rede de investimentos com mais de 30 mil de seus clientes, constatou que 73% dos entrevistados têm interesse em investir o patrimônio em empresas com impacto socioambiental positivo – apesar de não saberem o significado da sigla.

Isso nos mostra que tanto o mindset de investidores quanto o do mercado acompanhou a ideologia sustentável: os critérios se tornaram mais conscientes e o alinhamento de valores entrou para a lista. 

Gerar impacto positivo no mundo não é só mais uma tendência corporativa, mas um mercado com grandes potenciais, que chegou para ficar.

Vantagens do ESG para a gestão interna

Nem só de benefícios voltados ao mercado de investimentos vive o ESG – ele também contribui para a gestão organizacional: 

> Melhorando a produtividade a equipe 

> Reduzindo gastos desnecessários

> Minimizando as intervenções regulatórias e legais

Importância da abordagem ESG em um contexto global

Em âmbito nacional, a mudança climática se tornou assunto diário, a descarbonização uma meta corporativa e a conscientização ambiental uma realidade de fast-foods, restaurantes e até de marcas de maquiagem com glitter no catálogo. 

Já no cenário global, estima-se que 25% das empresas de 14 bolsas de valores globais estão alinhadas com os objetivos de redução de emissão estabelecidos no Acordo de Paris. 

Iniciativas globais de ESG para conhecer!

. Global Reporting Initiative (GRI)

A GRI é uma organização independente que ajuda empresas, governos e outras organizações a comunicarem seus impactos ambientais, sociais e de governança. 

. Pacto Global 

O Pacto Global foi uma iniciativa da ONU para engajar empresas e organizações na adoção dos 10 princípios desenvolvidos para as áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.

. Acordo de Paris

O Acordo de Paris é um tratado internacional que visa a redução global de gases de efeito estufa, para minimizar as consequências do aquecimento da Terra. 

. Agenda 2030

A Agenda 2030 foi desenvolvida pela ONU e conta com 17 objetivos sustentáveis que visam melhorar a qualidade de vida do planeta para as próximas gerações.

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